“Azul sobre Azul” Documental / Litoral – Fonte da Telha, Costa da Caparica, Almada “Nunca se deve consentir em rastejar quando se sente um impulso para voar.“ Helen Keller
“Cais do Ginjal, um espaço singular” Documental – Cais do Ginjal, Almada “Sozinho, no cais deserto, a esta manhã de Verão, Olho pró lado da barra, olho pró Indefinido, Olho e contenta-me ver, Pequeno, negro e claro, um paquete entrando. Vem muito longe, nítido, clássico à sua maneira. Deixa no ar distante atrás de si a orla vã do seu fumo. Vem entrando, e a manhã entra com ele, e no rio, Aqui, acolá, acorda a vida marítima, Erguem-se velas, avançam rebocadores, Surgem barcos pequenos detrás dos navios que estão no porto. Há uma vaga brisa. Mas a minh’alma está com o que vejo menos. Com o paquete que entra, Porque ele está com a Distância, com a Manhã, Com o sentido marítimo desta Hora, Com a doçura dolorosa que sobe em mim como uma náusea, Como um começar a enjoar, mas no espírito. Ode Marítima, Álvaro de Campo
Ver(de) Branco, Ver(de) Preto Documental – Cais do Ginjal, Almada Um rio, duas margens. De um lado, cimento, do outro uma árvore. Duas visões, duas realidades. Muitas pessoas já aqui estiveram na sua sombra, desfrutando da sua frescura nos dias e nas noites quentes de verão, contemplando a cidade do outro lado ou, simplesmente, estando. No inverno, pescadores e jovens casais de namorados procuram o abrigo deste ente arbóreo. Hoje não estava ninguém. Correcção: estava eu. Gosto desta árvore, do facto de estar isolada, do seu contraponto à urbanidade, da sua proximidade ao elemento água. Egoisticamente, gosto de a contemplar e de saber que, junto à mesma e à sua sombra, a vida não é a preto e branco.
“O Pontão dos Sentidos” Documental – Cais do Ginjal, Almada “Uma das melhores coisas da vida consiste em interromper seja o que for que estamos a fazer e devotar toda a nossa atenção a comer.” Luciano Pavarotti
“Nem personalidades a meias nem meias personalidades.” Documental – Cais do Ginjal, Almada “Escolhes os teus amigos pelo seu carácter e as tuas meias pela cor.” Gary Oldman
“Outrora, Agora, Vazio mas Belo, Melancólico mas Encantador” Documental – Cais do Ginjal “Ah, quem sabe, quem sabe, Se não parti outrora, antes de mim, Dum cais; se não deixei, navio ao sol Oblíquo da madrugada, Uma outra espécie de porto? Quem sabe se não deixei, antes de a hora Do mundo exterior como eu o vejo Raiar-se para mim, Um grande cais cheio de pouca gente, Duma grande cidade meio-desperta, Duma enorme cidade comercial, crescida, apopléctica, Tanto quanto isso pode ser fora do Espaço e do Tempo? Ode Marítima, Álvaro de Campo
“Cais no anoitecer…” Documental – Cais do Ginjal, Almada “Ah o Grande Cais donde partimos em Navios-Nações! O Grande Cais Anterior, eterno e divino! De que porto? Em que águas? E porque penso eu isto? Grandes Cais como os outros cais, mas o ònico. Cheio como eles de silêncios rumorosos nas antemanhãs, E desabrochando com as manhãs num ruído de guindastes E chegadas de comboios de mercadorias, E sob a nuvem negra e ocasional e leve Do fundo das chaminés das fábricas próximas Que lhe sombreia o chão preto de carvão pequenino que brilha, Como se fosse a sombra duma nuvem que passasse sobre água sombria.“ Ode Marítima, Álvaro de Campo
“Depois do repasto, palitar os dentes e limpar as mãos” Vida Animal – Parque da Paz, Almada A presa já foi, e sobram apenas algumas penas, mesmo que a mesa da refeição não seja a mais segura nem confortável. Detalhes de somenos importância…
“Pescador no Cais” Documental – Cais do Ginjal, Almada “Pescador de cana mais como que ganha, mas, quando a dita corre, mais ganha que come.” Paulo Caratão Soromenho in “Etnografia Portuguesa” – Livro III
“Nem todo(a)s se desunham a pescar” Documental – Cais do Ginjal, Almada “Quando a vida se torna dura, existe sempre o polimento das unhas.” Desconhecido
“Namoro ao Crepúsculo” Vida Animal – Parque da Paz, Almada “Crepúsculo” … Andam no ar carícias vaporosas Como pálidas sedas, arrastando… E a tua boca rubra ao pé da minha É na suavidade da tardinha Um coração ardente palpitando… Florbela Espanca, in “Livro de Sóror Saudade”
“Toque-se a Liberdade!” Cidade – Almada, 25 de Abril Reminiscências dos tempos de foto-reportagem. “A liberdade nunca pode ser tomada por garantida. Cada geração tem de salvaguardá-la e ampliá-la. Os vossos pais e antepassados sacrificaram muito para que pudésseis ter liberdade sem sofrer o que eles sofreram. Usai este direito precioso para assegurar que as trevas do passado nunca voltem.” Nelson Mandela, Discurso, 1999
“Também há estrelas em terra…” Documental / Litoral – Fonte da Telha, Costa da Caparica, Almada “Numa noite em que o céu tinha um brilho mais forte E em que o sono parecia disposto a não vir Fui estender-me na praia sozinho ao relento E ali longe do tempo acabei por dormir Acordei com o toque suave de um beijo E uma cara sardenta encheu-me o olhar Ainda meio a sonhar perguntei-lhe quem era Ela riu-se e disse baixinho: estrela do mar Sou a estrela do mar …” Estrela do Mar, Jorge Palma
“Há música no jardim” Cidade – Lisboa, Jardim do Príncipe Real “A música expressa o que não pode ser traduzido em palavras e que também não pode permanecer em silêncio.” Victor Hugo
“O Saco vem cheio” Documental – Arte Xávega, Costa da Caparica, Almada “Os pescadores sabem que o mar é perigoso e a tempestade terrível, mas estes perigos nunca foram razão suficiente para ficarem em terra.”Vincent Van Gogh
“Peixe mais fresco não há!” Documental – Arte Xávega, Costa da Caparica “Um quinto da humanidade depende de peixe para viver. Atualmente, 70% dos stocks mundiais de peixe estão sobreexplorados. Segundo a FAO, se não mudarmos os nossos modelos de pesca, os principais recursos marinhos estarão esgotados em 2050. Nem queremos acreditar no que estamos a descobrir.” Yann Arthus-Bertrand
“Quadro de cor e de luz” Documental – Arte Xávega, Costa da Caparica, Almada “Passo o meu tempo ao ar livre, na praia, quando o tempo está realmente mau ou quando os barcos saem para a pesca.” Claude Monet
“Cores quentes do Ocaso” Documental – Cais do Ginjal, Almada “As pessoas são tão admiráveis quanto o ocaso se as deixarmos ser quem são. Quando admiro um por do sol, não costumo pedir para suavizar o laranja no canto direito. Simplesmente não tenciono controlo o ocaso. Observo-o com um respeito reverencial na medida em o que mesmo se revela.” Carl L. Rogers
“Momentos de Serenidade” Documental – Cais do Ginjal, Almada “Consideramos que uma vida feliz consiste na tranquilidade da mente.” Marcus Tullius Cicero
“Não necessita de título!“ Documental – Cais do Ginjal, Almada “Não interessa quem tu amas, onde é que amas, porque é que amas, quando é que amas ou como é que amas, o que interessa é que amas.” John Lennon
“Abraço!” Arquitectura / Cidade – Lisboa, Parque das Nações “Milhões e milhões de anos nunca me darão o tempo suficiente para descrever o fugaz momento da eternidade em que nos abraçamos.” Jacques Prevert